Os títulos de Capitalização vivem um dos melhores momentos desde o início da pandemia da Covid-19. Isso é comprovado pelo volume de recursos, devolvido à sociedade, da ordem de R$ 8,79 bilhões oriundos de sorteios e resgates. Foram R$ 8,18 bilhões (+2,9%) em resgates e R$ 609 milhões (+17,1%) nos sorteios, que chegaram ao mercado em forma de investimento e consumo até maio deste ano.

Esse montante foi possível graças ao aumento de 17,7% na receita do setor, levando em consideração todas as modalidades. A arrecadação até maio foi de R$ 11,2 bilhões, de acordo com os dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados). Para a Fenacap (Federação Nacional de Capitalização), o resultado positivo em todos os estados brasileiros reforça a retomada do crescimento do mercado de títulos de Capitalização, apesar de o momento ainda ser desafiador para a economia.

As reservas técnicas, que medem a robustez financeira do setor, avançaram 5,7% para o maior patamar da história: R$ 34,4 bilhões. Por regiões, o Nordeste apresentou o maior crescimento (28,42%), seguido do Norte (26,40%), do Centro-Oeste (21,82%), do Sul (17,06%) e do Sudeste (14,89%). Todos os estados, mais o Distrito Federal, tiveram evolução de dois dígitos nos primeiros cinco meses de 2022 comparada a igual período do ano passado.

Para Márcio Coutinho, presidente interino da FenaCap, “a Capitalização é um ambiente de negócios baseados em duas vertentes: a de promover aspectos essenciais na vida da população, como importante ferramenta de disciplina financeira, de planejamento para emergências e geração de reserva de valor e a motivação dos titulares dos produtos de participarem de sorteios, uma característica há décadas incorporada pela sociedade brasileira”.

Segundo Coutinho, o resultado também é o esforço dos brasileiros em buscar formas que permitam o acúmulo de reservas financeiras. Uma das bases dessa recuperação, mesmo em um período extremamente desafiador para a economia, é porque a Capitalização desenvolveu uma grande capacidade de criar soluções de negócios com sorteio, voltadas para o atendimento de necessidades específicas de outros segmentos da economia e dos consumidores em geral.

Os títulos tradicionais de Capitalização continuam liderando as vendas, seguidos pela modalidade de Filantropia Premiável, Instrumento de Garantia, Incentivo e Popular. A Filantropia Premiável registrou crescimento de 19,6% sobre igual período de 2021, totalizando R$ 1,33 bilhão. Com isso, o volume de recursos direcionado às organizações filantrópicas foi de R$ 596 milhões.

Aprimorar os mecanismos de relacionamento com o consumidor e oferecer soluções mais ágeis têm sido determinantes para a sustentabilidade do mercado em níveis positivos de crescimento. O setor, por exemplo, precisou realizar grandes investimentos em plataformas digitais. Isso resultou em mais transparência e maior agilidade nos processos e descentralização da atividade. Como resultado positivo, a inovação permite ao cliente comprar um título de qualquer lugar pela internet.

“É preciso reforçar a Capitalização como segmento que promove negócios com aspecto lúdico dos sorteios. Contamos, assim, com o apoio das 16 associadas, que é vital nesta jornada de compreensão das necessidades das pessoas”, finaliza.

N.F.
Revista Apólice

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