EXCLUSIVO – Nas últimas semanas, passageiros enfrentaram muitas dificuldades devido aos atrasos e cancelamentos de voos por toda Europa. A escassez de funcionários nas companhias aéreas e aeroportos, que ainda não retomaram as suas operações ao nível pré-pandemia, tem ocasionado extravios de bagagens, filas gigantescas para embarcar e outros problemas aos turistas. Além da Europa, viajantes dos Estados Unidos também foram afetados pelas falhas das empresas.

Para evitar maiores dores de cabeça, o seguro viagem pode ser um aliado dos turistas caso situações como essas aconteçam. No seguro da Affinity, por exemplo, o benefício relacionado ao atraso de voo consiste no reembolso de despesas com hospedagem e alimentação decorrentes de atraso superior a 12 horas no embarque, caso estas despesas não tenham sido pagas pela companhia aérea, limitadas ao valor do plano escolhido pelo passageiro.

“Mesmo antes da pandemia de Covid-19, o seguro viagem já era bastante procurado pelos viajantes nacionais e internacionais. Porém, nota-se que agora este produto se tornou indispensável, tendo o consumidor a consciência de que adquirir uma apólice não é um gasto infundado, mas sim a melhor maneira de se proteger dos imprevistos que podem ocorrer em uma viagem”, afirma Alexandre Lança, diretor de Marketing e Eventos da empresa. Segundo o executivo, apesar do maior aumento de sinistros, a carteira da companhia não sofreu um forte impacto.

O aeroporto de Bruxelas, na Bélgica, tem sido o pior da Europa, com 73% dos voos atrasados de acordo com dados compilados pela empresa Hopper. Heathrow, Charles de Gaulle e Frankfurt estão entre os 10 piores, com mais da metade dos voos afetados. Como as férias de verão na Europa e nos Estados Unidos ainda estão no início, o setor da aviação se prepara para um aumento da pressão.

Caso a bagagem seja extraviada, a primeira coisa que o passageiro deve fazer é abrir o processo de extravio, conhecido como PIR, no balcão da empresa aérea e comunicar a seguradora sobre o ocorrido. A partir de oito horas de atraso de voo, o segurado já tem direito a uma primeira indenização por reembolso, que cobre as necessidades emergenciais. Se a bagagem extraviar em definitivo, o cliente recebe a indenização de extravio até o limite da cobertura contratada.

“Estamos tendo um novo pico na área de bagagens por conta dos problemas de atrasos e extravios na Europa. Antes, fazíamos uma gestão de aproximadamente 30 casos de atrasos por dia e hoje estamos em mais de 100. Entretanto, consideramos que esse é um pico passageiros e logo os processos voltarão à normalidade”, diz Alexandre Camargo, Country Manager da Assist Card Brasil. O executivo ressalta ainda que esses problemas com atrasos de voos e extravios não deve impactar a longo prazo a precificação do seguro viagem.

De acordo com Léo Rosenbaum, sócio titular e CEO do Rosenbaum Advogados e especialista em Planos de Saúde, Companhias Aéreas e Golpes, caso haja uma negativa de cobertura por parte da seguradora, é possível que o cliente busque seus direitos. “A primeira coisa que deve fazer é entender qual o motivo que gerou esta negativa, e isto deve ser providenciado por escrito pela empresa. Este tipo de análise compete a um advogado especialista em direito securitário. Se o passageiro desejar acionar a justiça, ele deverá reunir seus documentos com todo o acontecido e pedir para seu advogado pleitear na justiça a indenização securitária”.

Nicole Fraga
Revista Apólice

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